Avaliação da participação das mulheres no movimento sindical e político
As lutas feministas dos anos 1970, as práticas do "novo sindicalismo" e a reelaboração do ideário feminista impulsionou a participação das mulheres no ambiente sindical ao longo dos anos 1980. Isso resultou no crescimento das políticas desenvolvidas pelos sindicatos, visando encaminhar demandas das mulheres trabalhadoras. Embora ainda como políticas voltadas para o atendimento familiar, e não na inclusão da mulher como ser político e social, ajudou a incorporá-las à luta sindical e ampliar sua participação nas instâncias decisórias.
Hoje temos muitos Sindicatos dirigidos por mulheres, como é o caso do ASUFPel, que há muitas gestões têm mulheres na sua Coordenação Geral. Mas, embora a participação nos movimentos sempre tenha as mulheres como maioria, a participação em instâncias decisórias ainda é pequena. O ambiente ainda é dominado pelos homens, a destacar a função das mulheres em liderança exercida à frente do movimento seja em cargos decisórios ou pela atuação como base de uma categoria formadora de opinião.
Apesar do aumento de mulheres no mercado de trabalho, essa proporção não aconteceu no movimento sindical. Muitos pesquisadores entendem que essa realidade acontece por conta das duplas jornadas, da falta de condições para que as mulheres possam viver a vida pública, do preconceito familiar e do machismo que muitas vezes impera nesse ambiente, esses fatos ainda estariam impedindo as mulheres de exercerem suas funções sindicais.
Governo Bolsonaro e os ataques as mulheres?
O presidente Bolsonaro tem um grande descaso pela Educação, basta ver o movimento que a sociedade teve que fazer para garantir a aprovação do FUNDEB e consequentemente a garantia do Ensino de Primeiro e Segundo grau que o governo queria retirar. Em se tratando de Ensino Superior, ele é um negacionista, não se importa com pesquisa, com desenvolvimento científico.
Esse desmonte da Educação não aconteceu nem durante a ditadura militar. É um ataque sistêmico aos direitos e a moral de servidores, alunos e à autonomia das Instituições. Até os reitores ele queria escolher... Tudo isso junto aos cortes no orçamento vai impactando de forma muito negativa na Educação Pública, justo no momento em que o Ensino Superior se expandiu, através das políticas de inclusão nos governos de Lula e Dilma, onde a lei das Cotas reverteu um pouco o quadro da elitização dentro das Universidades, exatamente o que esse governo quer acabar.
O que esperar no pós pandemia?
Eu costumo dizer que não quero voltar ao que era antes. Espero que todos estejam aproveitando esse momento de isolamento para refletir sobre a sociedade e o que está acontecendo.
A pandemia só expôs o que já acontecia e muitos não queriam ver, a fome e a miséria ao lado do desperdício e das grandes fortunas. Deveríamos voltar com o sentimento de muito mais solidariedade, e penso que como população até vamos voltar, com repartição de renda e não estou falando de quem não tem, mas das grandes fortunas e lucros. Com alimentação, moradia, educação e saúde para todos, direitos básicos adquiridos na Constituição de 1988 e nunca colocados totalmente em prática.
O que esperar no pós pandemia?
Eu costumo dizer que não quero voltar ao que era antes. Espero que todos estejam aproveitando esse momento de isolamento para refletir sobre a sociedade e o que está acontecendo.
A pandemia só expôs o que já acontecia e muitos não queriam ver, a fome e a miséria ao lado do desperdício e das grandes fortunas. Deveríamos voltar com o sentimento de muito mais solidariedade, e penso que como população até vamos voltar, com repartição de renda e não estou falando de quem não tem, mas das grandes fortunas e lucros. Com alimentação, moradia, educação e saúde para todos, direitos básicos adquiridos na Constituição de 1988 e nunca colocados totalmente em prática.